Lamentações

lamentações,

as pessoas que magoamos,
as que nos magoaram,
os desencontros que encontramos
as histórias que terminaram

arrebentação,

as ondas que vem,
e as que vão

as memórias que vivemos a cada dia
como filmes que agente nem se quer queria
reprises falhas
nossas migalhas

como um mergulho
dentro de um mar profundo
para adentrar a imensidão
onde não há descompressão

descontinuidade,

onde aqueles rostos estarão?
neste dialogo
em que pessoas vem e vão...

Bruno the joker

A noite tornou-se dia

E se todas as estrelas caissem sobre mim
e o ar se torna-se irrespirável
se o desejo fosse pelo fim
se o fim fosse inevitável

E se nesta realidade tudo fosse mentira
se as mentiras fossem verdade
a verdade fosse alienável
e o fim fosse inevitável

se somente resta-se um buraco no peito
se o amor fosse odioso
e o ódio imperfeito

o que você faria?

e se em vez de noite fosse dia?
você acordou e está escuro
já não há chance de futuro

o seu amigo é um falso
o seu amor te enganou
a sua estrada é de terra
fizeram de ti a Quimera!

eles criaram o monstro
que consumir-se-a aos poucos
o que fará com essa história?
não há um botão para apagar tua memória

você acordou e viu que o pesadelo era real
aquele rosto aparecendo em tua retina
como um assombro espiritual

o que você faria?
falaria a verdade ou calaria?

o inferno ou o céu...
Deus está ocupado
inexistindo ao leu

eles foram irresponsaveis
criaram a Quimera
adestraram a besta fera
no espelho uma nova era

e se a noite torna-se dia
o que você faria?

Bruno Giannotti

O rumo dos sem rumo

A bagagem, pela frente
30 anos consistentes
os caminhos que trilhei
muitos rostos encontrei

sigo o rumo dos sem rumo
de passo em passo
ao futuro

pego a estrada e vou seguindo
em nenhuma parada me prendi
criar raizes?
um sonho bem vindo
que jamais eu consegui

a moto ronca, e ronca alto
o sol se põe
queimando o asfalto

a guarupa está vazia
traz consigo a nostalgia
será hoje um novo dia?

sigo a reta pela frente
desejando a felicidade
um reencontro estridente
mas dessa vez é diferente.

Bruno Giannotti

A solidão na escuridão

Somos todos humanos,
procurando a redenção
a remissão dos pecados
a amancipação

alguns já foram jovens
outros ainda são...
alguns já veem a verdade
outros vivem na ilusão

qual seu desejo mais profundo?
encontrar o amor neste mundo?
ou decair na boemia a fundo?

todos querem o perdão
mas poucos pedem
o amor nunca espera
muitos o perdem

nós só queriamos ser perfeitos
mas eramos cheios de defeitos
a vida não espera
a pressa impera

alguns sortudos encontram o amor
te buscariam até no inferno
estariam juntos onde for

outros como nós
a grande maioria
vive a ilusão
uma por dia

continuamos de boca em boca
nos despimos de toda roupa
procurando o impossivel
que se tornou intransponivel

nós amargamos a solidão
a solidão na escuridão

Bruno the joker

Transformado pelo amor

Cidadão correto
honesto,
vem a vida e desaponta o cara
ele resiste
vai tentando, nunca desiste
depois de anos fica triste
outra vez a vida insiste

cade a grana
cade o amor
chegou mais uma gata
e tocou o terror
na saia justa
no decote sedutor
armou o melhor cenario
criou o tal do o falso amor

lutou por ela,
mas que pelas outras
mas a mancada veio nessa luta
descobriu, a loca é puta
cheiro de sexo
voz de boneca
logo um tapa na peteca

te derrubou
enfeitou a testa
lhe fez achar que ninguem presta

o cara bom,
só queria ser melhor
veio a vida na safadeza
e despertou o seu pior

chegou junto, foi a fundo
contou tudo pra todo mundo
fez cair a mascará
deixou tudo mais imundo

descobriu que era amante
contou tudo pro marido
saiu taxado de bandido

só queria fazer o certo
perdeu a mulher
por lançar o papo reto

cansou da vida, 
foi pra rua
um dedo no cão
outro no gatilho
o cromo do oitão reflete o brilho
na dose de whiskey
foi abrindo um espartilho
caiu na noite
sem respeito
o cara bom abriu o peito

tornou-se vil
caiu!
entrou talarico na frente
boom! subiu!

transformado
mal amado
o cara bom
virou diabo

Bruno the joker

Estrada rumo ao nada

O sol se põe
estamos muito longe daqui
a estrada é solitária
mas teremos que partir

ligo a moto,
e acelera o coração
ela sobe na guarupa
e aponta a direção

a cada quilometro
seguimos em frente
a cada curva
uma vista diferente

mas é somente o amor
que irá parar a gente
é somente o amor
que irá parar a gente

o vento frio é nosso amigo
a pedra ao chão o inimigo
levantar voo
é o unico perigo

mas não há espaço para o medo
canta forte o motor da moto
vamos logo
ainda é cedo

eu e você e ninguém mais
sem amigos, nem nossos pais
eu e você e o resto tanto faz
o destino ficou pra traz

mas é somente o amor
que irá parar a gente
é somente o amor
que irá parar a gente

as estrelas pintam o céu
acho que hoje durmiremos ao leo
mas ao seu lado tanto faz
saimos hoje, não voltaremos mais

faremos uma fogeira
faremos amor a noite inteira
desejando sumir no mundo
eu, minha mulher e o mar ao fundo

será que haverá alguma parada?
para onde vai essa estrada?
amanheceu suba na moto
não esqueça nossa foto

mas é somente o amor
que irá parar a gente
é somente o amor
que irá parar a gente

Bruno Giannotti

Uma nova era

decolo em um voo razante
sem olhar a minha frente
a velocidade é a principal vertente
o sol me toca, aquece...ardente

olhos fechados eu continuo a ir
cada vez mais rápido
eu só consigo sorrir

me sinto vivo
esse novo ar
respiro

existe o risco 
de se chocar com uma montanha
mas quem não quer riscos
não levante da cama

vou rápido
como a aguia
sem destino
sem passado

oque acabou
está acabado
desprendido
sigo em frente
pra me esconder
em teu abrigo
um novo abrigo

os olhos chamam
eu me perco em você
agora é tarde
eu não sei o que fazer

os labirintos
em seus cabelos
vou me esconder
e nos seus labios
irei renascer

eu vou rápido
acreditando no que busco
mesmo que seja assim tão brusco
é oque eu quero
é quem eu quero
serei pra ti o par sincero

e se a noite cair
e eu cair em espiral
encontrarei sem arrependimentos
o cruel final

mas sem a culpa de outrora
serei melhor agora
vamos voar juntos sem destino
nosso vigor está lá fora

a vida não espera
hoje é um novo dia
hoje é uma nova era!

Bruno Giannotti

A queda

E então você cai,
sem perceber você cai
você nem sabia que subiu
e derrepente caiu

você já não acreditava que isso era possivel
mas em um golpe imprevissivel
você caiu

o medo, a dor
vai chegando o tal do amor
e a ameaça do desamor

confusão mental
um encontro informal
ontem era uma coisa estranha
hoje é mais que normal

mudança repentina
vejo alguem que se aproxima
cabelos claros esvoaçantes
traz nos olhos diamantes

rasga a cena
corta o vento
entra em seu carro
em um momento

a respiração fica ofegante
o coração bate marcante
o vidro embaça
o tempo passa

já é hora de ir embora
desejando te ver outrorá
te deixo ir e sigo contente
rasgo os kilometros a minha frente

o pensamento fica naquela rua escura
eu sei que foi ali então
o lugar exato
onde deixei meu coração

pensei em evitar a dor
mas fui surpreendido
me assaltou o tal amor
e me deixou enfraquecido

que venha uma nova história
um novo encanto
afaste de mim qualquer pranto
tudo vai bem por enquanto.

Bruno the joker

Cenário

deturpada a visão
os conceitos se denigrem
interesse é a condição
pensamentos que colidem

ingratidão ou falta de tato
julgar-te-ei vil como um rato
se não mostrares o contrario
a impressão criou o cenário

qual é a verdadeira razão?
o desejas aqui então?
se achas que a face importa
acharei tua mente torta

os cegos não podem ver
mas podem ouvir
e ouvem muito bem

Bruno the joker

Coragem e bravura

Luta,
retaliação bruta
ninguém falou que seria fácil

sangue, suor e lágrimas
dia após dia
derrubando o leão que ali havia

sem sacrificio não há sucesso
sem dor não há gloria
sem experiências não existem memórias
sem a perda não há ganho
Davi não ligou para o tamanho
e tombou Golias

vamos em frente
força, coragem
no escudo em minha mão
foi talhada uma mensagem
"a bravura vem da alma"
vamos em frente e com calma
na campo de batalha vidas se desfazem
mas o inferno é a escola
onde os mais fortes renascem

na outra mão trago a espada
com brutal empunhadura
como um barbaro de tempos remotos
vou cortando a carne crua

gritos de guerra
soam as cornetas
os bardos contarão as histórias
 retratando nossas vitórias

em cada cicatriz
uma verdade
aprendemos com os erros
nunca será tarde

a aguia cruza o céu
a galopes vamos juntos
poucos de nós
para eles serão muitos

a chuva cairá 
a tempestade assustará
mas no final estaremos de pé
o sol brindará junto ao vento
cumpriremos nosso intento
brilharão as armaduras
neste eterno momento

vamos em frente
sempre em frente
vamos juntos.

Bruno the joker

O retorno

Dias frios condensando o horizonte
transformando em nevoeiro
transtornando o mundo inteiro

dias incertos vem cercando
algo novo acontece
sem perceber eu vou gostando
do que pouco se conhece

mas eu já estive aqui
neste lugar incerto
já adentrei o recinto
experiente, fico esperto!

os labirintos são os mesmos
o caminho esqueci
mas vou tateando...
aos poucos vou chegando

não tenho pressa
respiro a minha calma
já não há o que romper
em minha alma

eu procuro buscar o melhor
eu procuro ser o melhor
mas dentro de cada um
reside o pior

eu te mostrarei 
o que você conseguir despertar
se for o amor
que seja para durar

se for outra ilusão
não irei chorar em vão
já sucumbi em verdes pastos
já sumi sem deixar rastro

eu continuo
e chego a porta
do outro lado está você
eu vim até aqui só pra te ver

cabe a você a decisão
 você abre a porta
ou não?

Bruno the joker

A cobiça e o pregador

Você me condena por minha descrença
mas não olha atentamente ao seu redor
não vê que suas palavras o condenam
por não tornar o mundo melhor

Vende sonhos e pisa nos fracos
que viram marionetes, comandadas por ratos

Você se acha esperto, superior
que viver no glamuor...
mas é melhor você se cuidar
o buraco funebre não vê riquezas
e o dinheiro não poderá adentrar
aí verás tua pobreza
de espirito e natureza

Rí dos mais fracos
mas não vê que está perdido
o pecador aqui é você
só vê oque quer ver
não enxerga que está perdido
nas garras do poder

Bruno the joker

Acorrentado

Não há lembranças de talentos desperdiçados
Assim como não há futuro para os que vivem do passado
rodeados de fantasmas, que fazem do ódio o seu legado

As fendas das feridas do teu corpo machucado
joram teus ideais, tornando-te inerte, como um assunto inacabado
fazendo-te refem da própria veracidade do teu ser incompreendido
pelos corações de pedra de um lugar sujo e falido

A escuridão tornar-se-a tua unica companheira
aqueles que um dia te foram fieis
desapareceram ao jogarem teus sentimentos na fogueira
era junho, crepitava a madeira

Estás acorrentado a ti mesmo e ao passado
parceiro da solidão, e seu melancolico refrão
Estás somente acorrentado...

Por Bruno The Joker

Predestinados - a divina comédia de um coringa

O frio é denso
o pesadelo é intenso
eu acordei e li em meu caderno:

"um termina só,
destruir tudo que você acredita,
destruir tudo que você acredita..."

eu levantei e vi meu mundo violento
correndo pela noite
vi a desgraça em fragmentos
armas, nuvens turvas de neblina
botei os pneus na estrada
fui queimando gasolina
virei a esquerda
desci algumas ruas
subi uma ladeira
fui parar em uma colina
vi de longe um rosto conhecido
mas era uma ilusão desenhada em minha retina

caminhei pelo deserto
entre o vil e o incerto
sujo de lama
fiz do chão a minha cama

eu vi o inferno
em um sopro de não vida
de um cadaver roubei um terno

com os pés descalços eu ainda corro
se me pegam acho eu morro

a sensação da disfunção
o cerebro disperça
a cocaina se acabou
eram dias de inverno
o outono terminou
sinto pena dos corpos
toda lágrima secou

eu era selvagem agora sou fera
destruindo sem vertentes...
se te pegar já era!

não tenho fome
tenho sede de sangue
fui criado pelo homem
pela sociedade dominante

sou vagabundo, sujo, mudo
fui calado, fiquei louco
vivenciei este absurdo!

"um dia em que andava pela rua
vi uma placa de aluga-se
criei raizes e dois filhos
uma menina e um menino
uma esposa tão bonita
que me encheu e meti tiro"

em todo lugar existem penas de minhas asas caidas
em meus olhos chagas, em meu corpo as feridas
das luzes lúcidas e das luzes esquecidas

quanto tempo ainda resta?
não comprovo, me contesta!
pelas mãos de um veterano
incorporo e escrevo o plano
o futuro é incerto
o destino é um cão insano!

"certo dia aquele policial viu uma puta
a chamou em um beco escuro
ameaçou voz de prisão
mas a comeu no muro
morreu de aids 7 anos depois"

e que se espalhem,
que as vozes não se calem
que os corações amem
para que o destino os estraçalhem

nas drogas e no alcool
no tabaco e no consumo
não sei se dou sumiço ou sumo

"lembra da mãe que largou a criança no lixão?
cegaram a cretina e lhe cortaram uma mão!"

a guerra das nações
e dos povos e multidões
se hoje dou a critica
que venha a revolução
morrer hoje em batalha
me retalha o coração
somos heróis, matamos homens
defendemos o estado!
somos criticos funestos
enterramos o passado

"ainda não pegaram o maniaco
que mata e estupra mulheres
tomara que não o peguem antes que ele
conheça a vadia da minha ex namorada
aquela suja desgraçada"

outras vozes, outros tempos
escrevemos mas não cremos
o passado se repete
o amor nos abatemos

"e na cama peguei ela com outro
mirei na cabeça, mas acertei foi o pescoço"

capitalismo desenfreado, escravismo sem igual
foi tentando ir pra frente que voltei ao meu quintal

"as guanges estão em guerra, skin heads, punks e outros
discursando uma balela
mas eu não reclamo, eles podem se matar
que se matem entre sí, menos gente pra aturar"

nas esquinas eu te olho
nas sombras te espero
sou teu sonho mais profundo
e é só você que eu quero
que o passado sempre viva
na natureza do seu sorriso
matar-lhe-ei se for preciso
para ter seu corpo frio
para sempre comigo
neste meu velho brasil

Bruno the joker

causas perdidas

Por causas perdidas vale a pena lutar?
será uma vitória o velho amor resgatar?
sinto um fervor imenso quando lembro do sabor
dos beijos daqueles lábios
naqueles dias de calor
procuro por mim mesmo
e pelos espelhos que deixei
em alguma viela escura
pelas ruas que passei
nesta vida vazia
nesta terra de ninguém
terra sem perdão

provei dos venenos da noite
e das armadilhas que dela provém
mas a maior armadilha
foram as pessoas que amei
me tiraram os venenos do corpo
e com calma
injetaram em minha alma

ainda hoje me pergunto,
vale a pena lutar por causas perdidas?

Bruno the joker

Pura e simplesmente

Engraçado como as coisas acontecem
como pessoas somem ou aparecem

engraçado como no inicio a dedicação é evidente
e no fim a indiferença é contundente

é engraçado...

A solidão nos faz aceitar companias que não amamos
mas que nos acostumamos
e quando termina, sentimos falta
mas falta do que?
se jamais amei você!

é engraçado, pura e simplesmente
somos imprudentes
quando novos nem ligamos
conhecemos gente boa e desperdiçamos
nos enganamos

um dia a beleza vai embora
oque foi já não é agora

mas pelo menos enxergamos um dia
e acreditamos
é de amor que precisamos
pura e simplesmente

nunca é tarde demais

Bruno the joker

Limear do sentir

Nas paredes, nos muros, nos cruzamentos
o ritmo louco, desvairado
luzes fortes
o pulsar descompensado

nesse cenário torpe e sem razão
muitos vem, muitos se vão
em um piscar de olhos
como se nada tivesse acontecido
um dia é solene
no outro é esquecido

quantos já não passaram pela lei da gravidade?
quantos foram vividos?
quantos desgustaram da servil enfermidade...
oque pode ser mais estranho?
revelar um segredo funebre
aos soluços de um demente fanho
ou escrever sobre linhas tortas
onde não existem portas
onde não existe um só porque
quem sou eu? quem é você?

dia após dia, demasiado sofre a rotina
 gravaras a ultima mesmice
em uma imagem na retina
quando fecharem a tampa
e te descerem pela rampa
já não haverá sequer um paspalho
que não irá querer ler teu inventario
chorando lágrimas de crocodilo
atuando para algum otário

pode ser filho, pai ou irmão
pode até se dizer cristão
mas proveio da união
da carne perfida e do jargão

não poderá sequer dizer
que jamais irá te esquecer
pois quanto estiveres demente
esclerosado e impotente
já destinará as lembranças
ao vazio do espaço
ao espelho restará só o bagaço
do destino estarás farto
teras mentalidade de um rato
e verás que nada foi
a não ser vaca ou boi
abatidos pelo vento
com o tiro certeiro do tempo
o inimigo mais cruel
bem mais que Caim para Abel

em um tilintar resonante
doravante...
a escritura na lápide
uma plaqueta em um palanque.

Bruno the joker

Viajantes do tempo

obs.: Dedicado ao Chorão do Charlie Brown jr.

 

Viajantes, visitantes
trilhas, pedras e diamantes
todas as estrelas que sempre são as mesmas
ficam diferentes vistas de outro angulo
de anjos transformam-se em bestas

Quantos fatos
e quanta dor
 como cegos que tateiam as paredes
como loucos traçam linhas, constroem redes
viemos de longe
fomos para longe
sobre montanhas de luxuria
um corpo que cai
e retorce uma figura
estivemos aqui
viemos para degustar essa amargura
na terra...
sentados entre as feras

a natureza,a mãe terra
que desmatamos e esgotamos
os rios, as cachoeiras
a praia, o mar e a areia
os gravetos e a madeira
a chuva e os trovões
são todos espiritos antigos
muito antigos...
armados de espadas e canhões
no silencio podemos ouvi-los...
batalhando...
os irmãos de alma
antigos na terra
os sabios do universo
companheiros de uma mesma sina
castigados por toda carnificina
que a mãe terra já não suporta

uma rajada de fogo
um jogo, nada mais
passos desnorteados
espalhados pelo mundo
caminhos desencontrados
que irão se encontrar na escuridão
no infinito

viajantes do tempo
de várias vidas
sorria! devemos sorrir todas as manhãs
esperando Shiva e sua dança
ela nunca se lança
percorrendo o inverso
para o recomeço do universo
enquanto alguns mostram ao ir
valorizemos o simples estar...

Bruno the joker

 

Eterna

Vislumbrei o mundo em drama
onde fiz parte da trama
onde a comédia era trágica
senti uma dor lascinante
perdi lágrimas de forma hemorragica

todas as noites o sonho me chama
encontro a mim mesmo quando apago na cama
vejo um mundo perfeito
mas surge o dia e me joga na lama
e meu mundo é desfeito

afogo minhas magoas em uma dose de whiskey
on the rock's please!
o solo do coração do homem é o mais pedregoso,
como meu copo de bourbon
até mesmo um forte, se lá perdido tornar-se-a um medroso
e decairá,
decairá...

existir dói, se omitir destroi
perder um amor não mata o corpo
mas mata a alma
e é horrivel
desenlaça um contexto terrivel
de incapacidade, ingenuidade e incompreenssão

vislumbrei o mundo e seu drama
cortei os pulsos, sai da trama
decai, decai...
para sonhar para sempre
em minha nova e eterna cama

Bruno the joker

Medo de amar

Hoje em dia já não mais confio
as coisas não eram assim
hoje em dia tudo é vazio

criamos essa parafernalha
acertamos o pudor a golpes de navalha

é nossa culpa!

vejo a traição estampada nos rostos
gente, que vem, gente que vai
criando uma mancha que não sai

inimigos que fingem ser amigos
amigos que mais parecem inimigos
o padrão que desmoraliza
nesta vida arisca

não é possivel confiar
todos só sabem odiar
só restará um mau estar
um medo adquirido de amar

Bruno the joker