segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Buraco

O recanto dos malditos
o purgatório na escuridão
o buraco no muro
e o consolo da visão

eles te deixam chapados de remédios
eles te deixam meio aereo
te dão eletrochoques
te deformão, te distorcem

a fuga em vão
o castigo que te dão
a deformidade, a distorção

homens que se perdem
caçando a sí mesmos
incompreendidos são chamados de loucos
e tratados como porcos

tal tratamento
as feridas que te cobrem
tuas memorias que dissolvem

aqui não é aqui
é só o buraco em que cai
que não se pode sair

como o homem que pensavam estar louco
mas de louco tinha pouco
o erro está lá atraz
foi ser normal demais

Bruno the joker

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Blasfemia

Simplesmente uma blasfemia
desferida por lábios que eu quis
sujos, não mais beijam
repolsam em um rosto infeliz

soube bem que oque fere
é aquilo que se diz
mas aprendeu que marcas permanecem
que não adianta ser atriz

apenas um filme repetido
banhado de desculpas sem sentido
mais uma pessoa que mente para sí mesma
fazendo do meu ouvido um pinico

mas não mais importa
em nada atrai uma personalidade torta
na minha alma calejada
só mais um calo se forma

então me deixem em paz
meu sarcasmo será voraz
o ato já foi feito
não há como voltar atraz

Bruno the joker

Raio

Hoje é hoje
assim como amanhã será ontem
após o sol se por

veja os requisitos da sorte
ao relembrar o seu teor
ofim traz o ultimo suspiro
sem sequer uma unica flor

o ontem era belo de prazer irrefutavel
e sentido singelo
mas já foi e já não é
vejo o filme repetido da noite
sentindo aquele perfume de mulher

indescritivel, chegou assim...
como um raio
passou por mim

já não mais lembro daquela voz
mas me lembro de nós
digo então adeus piedade
dou um beijo clemente de saudade

Bruno the joker

domingo, 23 de outubro de 2011

Doentil

Doentil...
buscando a ela
um rosto sem voz
uma imagem na tela

ao que resta em flashes de memória
ela...
quem é?
oque quer?

atrai,
chama,
clama!

um selvagem magnetismo
aquele rosto
a lembrança do beijo
e seu gosto

a arrasadora presença
a espreita...
a espera...
a sentença!

incabivelmente supremo
o sentimento
inerente ao existir
o envolvimento...

existir
em inexistencia
a culpa...
a deficiencia!

olhares lascinante que atacam!
de onde?
toda parte!

presente,
ela...
distantes como o sonho mais irreal
o pensamento mais surreal
a liberdade em uma cela?

presentes,
pesadamente...
pertinentes seres impertinentes!

tão perto, tão longe
já um desconhecido;
o sentir!
ah! quem vagueia apenas,
ah! o sentir!

entrecortando em hinumanos lapsos!
o sepulcro vivo
do sentimento restituido.

Bruno the joker

Entre dois mundos

Os dias são nublados
as verdades são esquecidas
o amor não passa de uma mascara
com intuitos obscuros por traz
em um mundo de falsidades
a maior mascara é a da virtude
em um mundo de mentiras
o dinheiro é o deus supremo
oque há por traz do céu e do inferno?
talvez o mundo seja somente um grande tabuleiro de xadrez
onde a vida não passa de um jogo
em que as pessoas são somente peças
e deus e o diabo se divertem medindo suas forças
só para ver quem pode mais
e nós ficamos entre dois mundos
sem saber para onde ir e nem a quem rezar
onde o tudo e o nada se unem contra todos
esqueçam as mansões de pedra e madeira
pois deus não habita este lugar
esqueçam toda rebeldia
pois o diabo não da importancia a sua vida

Bruno the joker

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Espelhos

Amanhaceu
sumiu meu breu
o dom do sono me foi roubado
todos descançam menos eu

me caem os cabelos
marcam o chão com seus novelos
as olheiras que marcam minha face
parecem a praga devorando a alface

minhas pernas doem
as lembranças no meu cerebro somem
os dias as corroem

estou mau
refleti dias atras
descobri que não era imortal

passei a odiar espelhos

Bruno the joker

Ninguem mais

Tudo que necessito
chega de frio
esperança que acredito

lampejo soturno
vejam os vagalumes
almas desencorporadas
que iluminam o escuro

o céu azul turqueza
exaurindo a frieza

chega de frio
exéquias no vazio

tudo que necessito
chega de frio
esperança que acredito

lábios impuros
de coração imaculado
esperando a redenção
esperando a salvação

só você e eu
e ninguem mais

Bruno the joker

Nada mais

Lá se vão os bons momentos
tragados pela imparcialidade do tempo
morbidas visões passam diante dos olhos
palavras distintas ecoam no cerebro
as velas queimam no castiçal de prata
enquanto as peças se movem no tabuleiro

quem te olha, quem te vê
quem te sente, quem te deseja

ilusão bastarda
sentimento incredulo
o inescrupuloso te vigia
o decrepto cruza o seu caminho
enquanto a pureza é corrompida
e a ingenuidade lhe é roubada
por aquele que pressente
o imprevissivel repente
de uma manhã fria de inverno

Bruno the joker

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Maresia

Você nasceu para ser livre
e junto a ti, irei me libertar
pois teu instinto é selvagem
e inconstante como o mar

e mesmo que morramos
pra ti irei voltar
pois és minha prometida
e irá reencarnar
pois já es minha a muitas vidas
e sempre será
voltando para mim
como a onda volta pro mar

nunca me deixe
sozinho a beira mar
pois meu coração de ferro
abraçará a maresia
e irá enferrujar
pois somos incompletos
se não houver alguem pra amar

Bruno the joker

Engrenagem

Os velhos de diziam:
"o mundo não para de girar"
mas não é total verdade
se com você eu não estar
pois você é que é meu mundo
e a engranagem é seu olhar

Bruno the joker

Poeta

Onde estão as cores?
foram levadas pelo incerto...
agora tudo é preto e branco
e eu sou um cego que vê

posso dizer que o mundo é um complexo jogo de opiniões
onde cada um é o dono da sua verdade
e eu me considero um sabio
pois sei que nada sei

só há algo totalmente certo, a morte
e mesmo assim não passa de um emaranhado de incertezas
sobre teorias de vida apos a morte ou
outros mundos...

e neste mundo sem poesia,
ainda restam alguns como eu,
que teimam em escrever...
mesmo que ninguem mais goste de ler

pois, somos assim
poetas mortos...

poeta é aquele que sente
mostrando ao viver
que a vida é uma arte
a arte de sofrer

poeta é aquele que vê
e que mostra como ver
que a vida é uma artista
e sua arte é morrer

Bruno the joker

Invisivel

Sou o homem invisivel
aquele que o esquecimento esqueceu
assistindo a tudo de longe
nas ruinas do meu coliseo

meu coração sangra
gotejando em um oceano de faces desconhecidas
indo embora em um rio de olhares estranhos
deixando meu sorriso sem vida

sou o homem invisivel
que derrubou seu calice de vinho
em um pedaço de cetim
amarrado nas rosas que perderam as petalas mas não os espinhos

sou somente alguem
que grita junto ao vento
esperando outro alguem
um alguem que nunca vem

sou o homem invisivel
que sente como ninguem
que ao se entregar perdeu o controle
e ficou cego tambem

Bruno the joker

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Ultimo capitulo

Suspiros
em toda parte
ecoando na caverna úmida
esquartejando toda arte

os labirintos não tem saída
a realidade foi corrompida

tudo quebrou
tudo parou

os filhos não se lembram mais dos pais
os virus se tornaram mais mortais

a água tem gosto ruim
chegamos ao fim

mas é agora que tudo realmente começa...

Bruno the joker

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

A mudança

Os dias somem
meus erros me consomem
o ar que respirava agora me faz mau
tornou-se toxico e letal

as palavras mudam
os bons dizeres enferrujam
o liquido bento agora está cheio de fermento
fermentando e corroendo meu estomago por dentro

Pare!
observe,
e repare...

a cada despertar você nunca é o mesmo
existe uma mudança, mesmo que insignificante
mas a longo prazo essa mudança se faz perceptiva
e o velho homem some para dar lugar ao iniciante

os dias somem
nossos erros nos consomem
meus inimigos me comprimentam com um belo semblante
e o velhos homems somem para a chegada dos novos tripulantes

a mudança acontece
o corpo envelhece
mas a alma se apetece

Bruno the joker

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Eu digo

Hoje, eu ensaiei com a minha banda de som próprio, "Transtorno Bipolar", pra quem quiser conhecer alguma coisa nossa, o site é http://www.bandatranstornobipolar.com.br , mas não se assustem com as letras, alias, quem aqui frequenta o blog, não se assustará, pois trata-se da mesma ideologia.
Engraçado que muita gente não gosta ou não entende oque eu quero dizer, seja na música ou seja nos textos e poesias. Até mesmo os instrumentistas que tocam comigo, acho que no fundo eles não entendem oque eu quero dizer, pois vivem zuando as letras e cantando tudo errado pra aloprar, mas nem ligo.

Não culpo o mundo de me entender, visto que eu não entendo o mundo.
Hoje mesmo me vi numa discussão sem sentido no facebook, sobre pessoas estarem abreviando palavras e ficando burras, pelo que eu entendi, mas assim, de boa?
prefiro ler um texto todo abreviado, e errado, que me passe alguma mensagem ou sentimento, do que uma obra prima da linguistica portuguesa, que só diga coisas futeis; e sabem porque?
porque eu, Bruno the joker, sou um amante de ideias, e não de gramatica, pois as vezes é melhor falar com um humilde ignorante que é sabio pela vida, do que falar com um doutor letrado que seja um futil e boçal.
Eu já disse isso aqui uma vez e voltarei a repetir, eu não sou professor de portugues, e muito menos um nerd, se eu escrevo errado, ou escrevi algo sem nexo, dane-se, se você que está aqui lendo se importar com isso, por favor, não perca seu tempo entrando aqui, porque por mais inteligente que você seja na sua consciencia mecanica, você jamais vai entender oque eu desejo dizer aqui.
E não, eu não estou sendo grosseiro, pelo contrario, eu estou sendo sensato e realista.

O mundo moderno vocês acham que está ruim?
eu acho que no fundo sempre foi ruim, em qualquer era.
Mas é oque temos, simplesmente, conviva.

Bruno the joker

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Bem vindos

Adentre o inferno da minha mente!
bem vindos ao universo de um demente
não vá pensar que está morto!
você esta só inconsciente

veja o poder da loucura
dentro do meu cerebro doente
seja bem vindo!
o seu dia será lindo

como se explodisse uma bomba
e você fosse extinto

Bruno the joker

Doente

Deu pane no teu sistema nervoso
onde será que se esconde o virus?
estará nos labirintos do teu intestino delgado
ou nas fezes do teu intestino grosso?

estou de ouvidos alertas
de sensores ligados
beba teu veneno
e me faça um breve relato

quem te fez essa marca de chupão no pescoço?
a noite realmente prega peças
um pontapé e um olho roxo
no teu vomito sexo que deposito meu nojo

você é doente

Bruno the joker

Imortalidade

É chegada a hora
a visão se torna opaca
até que se apaga
e o ser, do existir se separa

jaz um resto sem vida
de temperatura fria
somente algo morto
de natureza pífia

os vermes comem a carne putrefata
e oque é morto revive
torna-se atomo em verme
e na terra adubo pra planta

a planta é o alimento da vaca
o bife do homem
o homem da terra
matando assim a morte, ao transforma-la em fome

Lazaro caminha novamente
e caminhará eternamente
o show tem que continuar
é uma renovação permanente

Bruno the joker

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Um corpo que cai

Ao longe o céu nublado
o horizonte cinza, imaculado
céu que reflete a sinceridade
em suas lágrimas de tempestade

o espelho natural do meu sentir
reflete a solidão que não me deixa mentir
a ilusão que tanto tempo vivi
ilusão que me pesa ao cair

de encontro ao fundo sem fundo do abismo
um corpo flutuando sem dono
rodeado por falsidade e cinismo

um corpo no colo inimigo
longe da proteção de um amigo
banhado pela chuva que chora
perdido noite afora

como um corpo que cai

Bruno the joker

A cambada

De um lado está torto, do outro também
se não há nada errado está errado também
a cambagem para dentro e pra fora também
se hoje está frio, não há frio mais além

a cambada de porcos
meia duzia de corpos
não há mais regalias
já endireitaram os tortos

se há chumbo está bom
se não há não faz mau
ao rodar nada sente
ao sentir tudo igual

mas se for negativo
estará positivo
se negar és amigo
se amar inimigo

Bruno the joker

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

O livro sagrado

ps.: Dedicado aos crentes que enchem o saco com suas ladainhas.

Seus olhos ceticos não veem a utopia
enquanto o fanatismo corroi as entranhas do mundo
o verdadeiro poder sempre foi a sabedoria
e não suas mentirosas respostas sobre tudo

será que você não pode ver que sempre foi literatura?
será que você não pode se desvencilhar de tal leitura?

basta compreender que foi desespero e ilusão
o homem tem a malicia
para por milhões de cerebro em fusão

pois é dificil entender
é mais fácil morrer em vida
do que desaparecer

Bruno the joker

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Sem cor

Como é vasta a natureza
quando o preto e branco desaparecem por instantes

e o amor,
uma flor selvagem
uma flor que causa dor
com seu veneno

que traz a morte
em seu calor

e como é fria
a natureza humana
por misterios e fraqueza
traz seu veneno,
seu falso amor
e seu rancor

Bruno the joker

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

O quadro

Lá está o quadro solitário na parede
retratando o moribundo e sua sede
seus olhos me seguem, criam vida
seus dentes brancos
já preparam a mordida

sai do quadro e me ataca
me defendo com a faca
desmaio, e depois acordo
e não há nada
a não ser o meu demonio interior
que me segue pra onde eu for

com sua sede estampada
na galeria perdida
da minha mente conturbada
naquele quadro solitário
em meu terror totalitário

quem foi o maldito que pintou aquele quadro?

Bruno the joker

Fragil

Os vermes sujos
comem o corpo imundo do mundo

somos os vermes, e o mundo é a carniça putrefata
Se o diabo é o adversario, Deus se posta magnata

E nós tombamos como peças de xadrez
vamos comendo o solo sujo
e morrrendo um por vez

cada um som sua sina
uns tem penis, outras vagina

e todos copulam entre si, e copulam com a morte
a vida se faz fragil e a morte se faz forte

Bruno the joker

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Solo seco

A civilização morreu a tempos
somos o resto
somos vermes rastejando sobre um cadaver
no nosso mundo indigesto

que infancia triste tivemos
sem tutores perfeitos
que mentes brilhantes que eramos
mas com sentimentos desfeitos

a poeira cobre nossos corpos sujos
as janelas se fecham eternamente
os nossos olhos enlouquecem
refletindo nossa mente demente

estamos fora de nossa jurisdição
vestindo jacketas de couro
um uma caneca na mão

somos o resto
que relatará um tempo sombrio
a um futuro deserto

rastejaremos comendo
o solo seco do pensamento
até a escasses das ideias
ou o fim do nosso tempo

Bruno the joker