quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Colisão

Eu continuo seguindo essa pura ilussão
rumando sem direção
mais uma forte explossão
garrafas quebram no chão

eles me olham, mas não sei quem são
devem ser fruto da minha imaginação
vou fugir dessa situação
mais uma forte eclossão

mais uma vez eu não sei não
quem criou a condição
é nossa vil intenção
luz em minha direção

procurando a colisão

eu que vivia nas ruas
repolsei nas nervuras
do asfalto sujo e frio
ali meu vicio partiu

gritos e risos são hinos
repetições do passado
com a pancada tão forte
que deixa alucinado

fiquei vidrado
como uma pintura barroca
senti sangue na boca
a minha voz ficou rouca

estou parado

como desenhos
ou um filme
a cena vem e se exprime
encobertando algum crime
e dai?
vem algum cretino e te oprime
é sempre assim!
sem que os pontos se firmem

hospitais, loucos, aos poucos
decairam um a um
acorrentados nos troncos

corpos nus são barrados
mesmo assim
quero fugir destes trapos

nem sei oque me aconteceu
só sei que meu ódio morreu
a luz desapareceu
foi algo que se perdeu
e eu entrando em rota de colisão

estou parado
aniquilado
procurando a colisão

Bruno the joker

Existindo

Somos faces
das parafrases,
metastases da vida
ao adjunto
sou o cancro
do universo
a despedida

outras páginas
em feridas
demitidas, loucas, xulas
outros pulhas
nada em vista
aos alforges
os soldados
fracos, gastos e acabados

como um sonho...
medonho!
cheio de canções
na contramão?
as opções

e deles nada,
me condena
a policia, armas, mãos
paz sim! guerra não!

em todas as bocas
os desejos
maldizeres e outros beijos
como tudo,
o mundo é fundo
lágrimas e oculos escuros

a existência?
prostituta!
Pois digo a vida:
Luta! Luta!

Bruno The Joker  

Recomeço

Estou aqui
sem querer estar
o meu talento
se faz desperdiçar

estou aqui

no lugar errado
perdendo minha vida,
em um ambiente desgraçado

mas as vezes 

é preciso começar do zero
andar de novo pelas docas
para voltar a ser sincero

Bruno the joker

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Eu rodo sozinho


Se muito vivi, muito deixei de viver
se por tempos sumi, é que não tinha nada a dizer
tudo passa constantemente
nem parece que vivi
a confusão é intermitente
em que mundo fui cair?

me chamando de mau encarado, egocentrico, encrenqueiro
por ter chutado o balde neste grande pardieiro
sou oque sou, goste quem gostar
não creio no diabo
Deus não quis me conquistar

não ligo do que falam
nem ligo pra quem fala
eu não rodo com clubes
rodo sozinho em meu opala
a estrada é meu destino
já não sou mais um menino
já não me assusto mais com nada

se quiser venha comigo
embora a solidão seja meu abrigo
não reclamo de ir acompanhado
de encontro ao perigo.

bruno the joker

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Ao Vento

 

Eu que fico ao relento

recordo a felicidade

e a poesia vai ao vento

já não sou feliz

coisa que jamais quis

vou pegar este caderno

e ir de encontro ao inferno

rasgarei as suas páginas

negarei todas as lágrimas

sem nenhum constrangimento

pela janela atiro as folhas

e a poesia vai ao vento

Bruno the joker

sexta-feira, 6 de abril de 2012

A Vingança é minha

A vingança é seu veneno
a vingança é meu veneno
você nem mesmo me causou tanto mau
porque não amo você
mas algo vai te acontecer

você chegou no momento errado
onde o mau ficou acumulado
oque todos me fizeram vai acabar voltando pra você
meu bode espiatório de passados

satanas irá chorar, quando isso terminar
a vingança é meu veneno
a vingança é seu veneno

satanas irá chorar, quando isso terminar
o meu odio se faz pleno
o meu odio se faz pleno

vingança
vingança
eu começo a gargalhar
é tacando fogo em tudo
que eu irei me contentar

Bruno the joker

quarta-feira, 4 de abril de 2012

O passageiro

Eu sou um passageiro
viajando entre as lacunas do tempo
vendo amantes enterrados abaixo de 7 palmos de terra
vivendo sua paixão em algum lugar do espaço

viajo pelas luzes e sombras
entre os escombros de uma construção
ainda firme
entre realidades alternativas
entre os negativos de um filme

aqui onde estou apenas assisto,
não participo
desisti de sentir as emoçoes humanas
de felicidade e dor
tomo apenas um lugar de pesquisador
para não sofrer nenhum perigo

talvez em alguma realidade paralela
ainda esteja em meus melhores dias
sentindo calor nas noites frias
vivendo meses de apenas 27 dias
esculpindo oque se chama familia

mas de nada vale
desconheço este ambito que apenas existiu em meu cortex

hoje eu sou um passageiro
fotografando o tempo
em preto e branco, só eu entendo
assim vou cruzando a rua da morte

Bruno the joker

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Cavaleiros do amanhã

Nas mãos do tempo correm os preceitos sem conceitos mas cheios de pré-conceitos
somos todos culpados, todos temos mil defeitos
todos temos mil pecados

eu na verdade vós digo, nunca quis que fosse assim
a noite turva caindo sobre mim

os trovões clereaim a escuridão
na minha vil imensidão...
sobre minhas memórias
caem pedaços quebrados do céu
que em forma de chuva
molham a carne crua
e enxarcam meu espirito frio
sem sentimentos,
e vazio

mas eu na verdade vós digo, nunca quis que fosse assim
a noite turva caindo sobre mim

no passado um garoto trajava preto
ouvia metal, calçava coturno
era um bicho noturno
com amigos iguais
procurando a mesma coisa
tentando encontrar a paz,
o calor nos braços de uma bela dama
mas até hoje o papo sempre acabou na cama
muitas pessoas passaram pela minha história
só algumas frequentam minha memória
eu busquei mas foi em vão
jamais sai da escuridão

o tempo passou, mas nada mudou
alguns ainda caminham ao meu lado
procurando o mesmo que eu
os poucos que restaram ainda estão aqui
e iremos prosseguir
como cavaleiros ou guerreiros
ainda iremos vasculhar a noite

se ontêm não foi possivel,
quem sabe outro dia
e mesmo que a serpente nos ofereça a vil maça
no outro dia ainda seremos os cavaleiros do amanhã

Bruno the joker

quinta-feira, 1 de março de 2012

Estrada sofrida

Hoje sonhei com a morte
ela tinha olhos de cobra e asas de aguia
e olhava para mim
dançava e me chamava
sorria e chorava

ontem fui feliz ao som das ondas
viajei para longe e senti que estava vivo
hoje apenas sobrevivo
procurando um abrigo
as ilussões do amor perfeito
que eu tinha, que eu vivia
escoaram com a chuva
com as cartas que um dia ganhei
que rasguei e na chuva larguei
deixando ir embora pra longe
assim como fizeram comigo
me chamando de amigo
quando eu queria ser amante

ontem eu sonhei com a vida
hoje eu sonho com a morte
suportei todas as dores
mas perdi o meu suporte
só me resta lembrar daqueles dias
de uma cidade, próximo a campinas
de um cachorro marrom
de uma banda, um som
para no fim não pensar em nada
para viver semesperar nada
para gostar, mas jamais amar
para o odio não dominar

já minhas memórias tão queridas
me fazem continuar,
nesta estrada sofrida.

Bruno the joker

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Vamos agora

Essa sala, essa condição
uma prisão,
sem condicional
me despedaço pelo mau...
seu mau humor, seu mau tratamento
se tivesse sido bom, eu não teria argumentos

velhas músicas, velhas emoções
atormentam minha vida
não quero saber da despedida
oque já foi, foi
e oque foi não volta mais
se passei, ficou pra traz

nenhum de nós sabe as respostas
as paredes ficam tortas
as noites passam
e nada muito importa
eu só penso em chutar essa porta
pegar a chave do meu chevrolet
acelerar na estrada
a caminho de um lugar qualquer

e se as lágrimas mancharem o asfalto
eu acelero os seis cilindros
que na estrada cantam alto

vou pra longe
ao meu contento
dirigindo contra o vento
pra bem longe das memórias
esquecendo velhas histórias
se alguém não te deu valor
que evapore, por favor

vamos seguindo
explodindo junto a cada cilindro
na estrada vou me despedindo
do que um dia foi
e nunca mais será

Bruno The Joker

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Amizade, pura amizade

A amizade
pura amizade
um discurso a mais ou a menos
sobressaem os meus venenos

vivi ao lado de Judas Escariodes
sobrepujei inimigos dos mais fortes
na alma cicatrizaram os meus cortes

mas amigos de fato tive poucos
alguns foram para longe
outros estão mortos
os que aqui restam são os poucos que me importo

nestas amizade de trevas e tempestades
transformei mendigos sujos
em belas majestades

mas mesmo contando com alguns amigos
não faço deles meu abrigo
o coração humano é uma aberração
nele habita a traição

Bruno the joker

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Só em pensamento

Cicatrizes, e feridas
lembranças de beijos e mordidas
de noites quentes ao som da chuva
agente encaixava feito a mão em uma luva

naquele tempo em que os olhares eram eternos
eu me perdia dentro de você
nada mais era importante
fazia tudo pra te ver

dirigia pela noite
naqueles caminhos escuros
ouvindo meu velho rádio
relembrando sonhos obscuros

e como era feliz aquele caminho
caminho em que eu percorria sozinho
mais jamais estava sozinho

um dia tudo acaba
mas algo forte deixa uma marca
e você nunca esquece

eu continuo dirigindo a noite
por aqueles caminhos
mas agora transcedo o tempo
pois a viagem é só em pensamento

Bruno the joker