terça-feira, 28 de outubro de 2014
Candelabro de prata
As traças comem a velha partitura amarelada
notas e acordes somem a cada segundo
tornando cada vez mais sem sentido
a música que toca ao fundo
continua a chover neste dia nublado
a velha mansão está em pedaços
aos poucos somem as lendas, perde-se um marco
enquanto a construção afunda no solo charco
observa a tudo de longe o velho demente
mas apesar de inerte, decai em prantos em seu inconsciênte
enquanto perde suas memórias remanescentes
não há mais fauna
não há mais flora
há somente a relva daninha
que se enrosca na espora
desatino descarado
arrepios infundados
gargalha o velho demente
no inconciente ele pressente
o candelabro de prata escureceu com o tempo
as velas já não o visitam a tempos
o velho demente permanece na mansão em pedaços
vestindo velhos farrapos
não há compania
não há outro ser vivente
é o fim das eras
a morte da serpente
gargalha o velho demente
já sabendo o que tem pela frente
Bruno Giannotti
Festa
Na calada da noite começa a festa
festa essa que nada tem de novo
as vozes são as mesmas
assim como meu medo tolo
dama e valete se perdem no baralho
dentro de um jogo de buraco
buraco da alma
de um jogador alcolizado
cordas metalicas cortam meus pulsos
gerando sons que me ensurdecem
que me confundem e isolam
de tudo que acontece
o sangue cai sobre a minha vestimenta
molha as mechas dos meus cabelos
e me faz esquecer a minha crença
no fim da noite acaba a festa
festa essa que nada tem de novo
as vozes já se foram
libertando o meu sono
Bruno Giannotti
festa essa que nada tem de novo
as vozes são as mesmas
assim como meu medo tolo
dama e valete se perdem no baralho
dentro de um jogo de buraco
buraco da alma
de um jogador alcolizado
cordas metalicas cortam meus pulsos
gerando sons que me ensurdecem
que me confundem e isolam
de tudo que acontece
o sangue cai sobre a minha vestimenta
molha as mechas dos meus cabelos
e me faz esquecer a minha crença
no fim da noite acaba a festa
festa essa que nada tem de novo
as vozes já se foram
libertando o meu sono
Bruno Giannotti
Uma noite, apenas...
Céu estrelado
noite quente
apenas uma face
perdida em um mar de rostos
o destino conspira
mentes se encontram
parece um sonho
ou talvez não...
lábios quentes
olhos verdes
será verdade?
paixão inesperada...
as horas passam
tornando-se eternas
em algum lugar distante
porém tudo acaba
a noite é despedaçada pelo sol
assim como a alegria
despedaçada pela verdade
a vida é um hiato
tem o som breve
e dependendo da palavra dita
pode ser muito significativa
ou talvez não
Bruno Giannotti
noite quente
apenas uma face
perdida em um mar de rostos
o destino conspira
mentes se encontram
parece um sonho
ou talvez não...
lábios quentes
olhos verdes
será verdade?
paixão inesperada...
as horas passam
tornando-se eternas
em algum lugar distante
porém tudo acaba
a noite é despedaçada pelo sol
assim como a alegria
despedaçada pela verdade
a vida é um hiato
tem o som breve
e dependendo da palavra dita
pode ser muito significativa
ou talvez não
Bruno Giannotti
A alma do lado de fora
É quando a alma vai ao vento
sem sentimentos
viajando ao relento
que você sabe que é o fim
tal qual nasceu dentro de mim
o passado existe para ferir
sem falar na dor de existir
nada volta a ser como antes
nada antes foi como agora
o tempo se fecha
a chuva piora
é quando você se molha
olhando para dentro
do lado de fora
lá dentro estão as pessoas felizes
que cruzaram nosso caminho
mas não demos valor
nós estamos agora no frio
e elas estão no calor
perdemos tempo e amor
mas agora é o fim
agora acabou
Bruno Giannotti
sem sentimentos
viajando ao relento
que você sabe que é o fim
tal qual nasceu dentro de mim
o passado existe para ferir
sem falar na dor de existir
nada volta a ser como antes
nada antes foi como agora
o tempo se fecha
a chuva piora
é quando você se molha
olhando para dentro
do lado de fora
lá dentro estão as pessoas felizes
que cruzaram nosso caminho
mas não demos valor
nós estamos agora no frio
e elas estão no calor
perdemos tempo e amor
mas agora é o fim
agora acabou
Bruno Giannotti
terça-feira, 21 de outubro de 2014
Criaturas abissais
As fossas das Marianas não são tão profundas quanto eu
os enigmas das piramides de nada tem a ver comigo
os meus mistérios são o seu abrigo
as criaturas abissais sobrevivem na treva
chamam a treva de lar
é onde você deve estar
saio a noite, fico a espreita
talvez seja hoje, ou talvez não
ainda é cedo para aceitar a escuridão
onomatopéias só importam para quem as deseja ler
minha memória atrai você?
sejamos francos, os sons não significam nada
mas as expressões irão refletir o drama
ou a piada
se desejar, mergulhe e tente me compreender
do contrario, só restaria esquecer
você tem coragem de esquecer?
Bruno Giannotti
os enigmas das piramides de nada tem a ver comigo
os meus mistérios são o seu abrigo
as criaturas abissais sobrevivem na treva
chamam a treva de lar
é onde você deve estar
saio a noite, fico a espreita
talvez seja hoje, ou talvez não
ainda é cedo para aceitar a escuridão
onomatopéias só importam para quem as deseja ler
minha memória atrai você?
sejamos francos, os sons não significam nada
mas as expressões irão refletir o drama
ou a piada
se desejar, mergulhe e tente me compreender
do contrario, só restaria esquecer
você tem coragem de esquecer?
Bruno Giannotti
segunda-feira, 13 de outubro de 2014
Luz na escuridão
Já se apagou a luz na escuridão
entorpecidos e sozinhos
perdidos, esquecidos
os últimos que restaram
aqueles que se auto abandonaram
já não há chance,
nem uma voz na escuridão
somente sombras sem rosto...
era muita solidão
nau a deriva,
navegando em um mar de fumaça sonora
sem saber se ficar é bom
ou se melhor é ir embora
lá fora já é dia
aqui dentro a noite é eterna
mas essas almas vagam sem saber
nenhuma delas é você
fiz de você uma ilusão
era a luz, a refração
agora vou caindo
nessa nossa escuridão
essa dor que não vai embora...
era muita solidão
Bruno The Joker
entorpecidos e sozinhos
perdidos, esquecidos
os últimos que restaram
aqueles que se auto abandonaram
já não há chance,
nem uma voz na escuridão
somente sombras sem rosto...
era muita solidão
nau a deriva,
navegando em um mar de fumaça sonora
sem saber se ficar é bom
ou se melhor é ir embora
lá fora já é dia
aqui dentro a noite é eterna
mas essas almas vagam sem saber
nenhuma delas é você
fiz de você uma ilusão
era a luz, a refração
agora vou caindo
nessa nossa escuridão
essa dor que não vai embora...
era muita solidão
Bruno The Joker
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