sábado, 31 de dezembro de 2011

Feliz ano novo, de novo

Um novo ano
um novo dia
para a mesma história
que aqui jazia

nesta terra
neste deserto
o novo ano
adentra incerto

e tudo que passou ficou
naquele ano que acabou
um dia eu tive prazer
no outro tive dor

e começa um ano novo
de 10, 15, 21
alguns dias
outra vez
chega perto o 23

uma contagem não regressiva
mas sim, progressiva
que se aproxima de mim
e me aproxima do fim

começa um novo ano
não sou o mesmo de ontem
não sou o mesmo de amanhã
eu não sou eu
nunca fui...

Bruno the joker

Oque vem após o sonho

Quando o amor ultrapassa barreiras infinitas
é dificil voltar
e as lembranças de certos lugares
era lá que desejaria estar

uma praia paradisiaca
um ano se passou
queimava a fogueira
quando algo se quebrou

um ano passou rápido
a vida seguiu seus rumos e eu nem a comandei
fui levado pelo vento
outras pessoas encontrei

mas jamais esquecerei aquele fogo
que chamuscava até o céu
em um lugar longe daqui
uma praia deserta, escondida em Paraty

Bruno the joker

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

3 corações

Andando pelas calçadas do bem
edificios de vidro ou janelas de marfim
a cada passo que se da descalço
são 4 ventos que chegam até mim

e todos longos mistérios de transeunte
aos 4 cantos destes 4 mundos
todas as coisas parecem tortas
já não há barro nas velhas botas

o sonho pode não conter o sexo dos anjos
pode ser decrepto de verdades poucas
levantou-se daquela cama
trajou as roupas
e foi embora

não soluvel foi o amargo
ao amiude do tecido charco
o sangue em brumos
de coagulos fartos

3 corações desesperados
2 violões e um cara amedrontado
contando solidos tijolos pardos

que deram flores e receberam pedras
que criaram fendas
demasiadas contendas
3 corações desesperados
de amizade interminavel

Bruno the joker

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

14 e 10

Um mero acaso em meio ao caos
no submundo, abaixo do mundo
tropeço nos erros
em seus degrais

sou torpe, imundo
degustando tal submundo
cheio de sulfura e dor
de vidas vendidas
do meu pavor
vendo o filme da minha vida
como uma tragedia, indefinida
que um dia atravessou ao meu revez
em um endereço, numero 14 e 10

recebo visita em meus sonhos
que se tornam pesadelos
a morte tece teias
minha vida, seus novelos
e a decadencia é evidente
nego e finjo ser o mesmo
e o resto, um incidente
naqueles becos
naqueles dias
onde na noite eu me perdia
nas calçadas, na hipocrisia
na possesão do que não havia
nas mentiras futeis
eu me perdia

hoje vejo
e ainda sinto
olho para todos,
me escondo, minto
a noite choro
aquele nome eu repito
devo estar louco
ou talvez bronco
cheio de histórias de terror
que me renderam
de um vil amor
como uma tragédia, indefinida
que um dia atravessou ao meu revez
em um endereço, número 14 e 10

Bruno the joker

Agonias de um moribundo

As vezes um momento
um sentimento...
muitas vezes, ou somente algumas,
um tormento...

o calor do verão
extase, noites quentes
ilusão, lágrimas criando um rio
um grande vazio
eis a solidão!

homem!
você que logrou dialogar com o diabo
agora sinta a sulfura da penitencia!
buscou em vão a substancia
aos teus comuns fez reverencias
e para que?
para ser um verme?
pois verme tu es homem
e oque faz o verme?
come a carne dos mortos
desfigurando os corpos
desfigura-te a ti mesmo homem tolo!
estas a rir?
es vil!
afastai de mim este calice pai!
arranca de mim este corpo vazio
sem alma
e frio

cuidado homem estupido
o teu inimigo habita o espelho!

Bruno the joker

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Velha canção

Pode ser que faça frio
ao viver a recordação
embora seja tarde
vou ouvir nossa canção

pode até ser outro dia
onde tudo terminou
mas restou a nostalgia
de quem um dia já amou

ao cair da noite escura
onde nada mais importa
vou olhar fotografias
de uma velha história torta

carreguarei a melodia
pelo resto dos meus dias
de uma música antiga
por você já esquecida

mas quando olhar a lua cheia
você vai lembrar de mim
mas não valerá de nada
foi você quem quis assim

vou ouvir essa canção
pelo resto dos meus dias
porque ela sempre toca
nas noites mais frias

Bruno the joker

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Carne

Ao longe sons de sinos
despertam lembranças de menino
de um tempo puro
sem um temporal obscuro

hoje, deveras doente, ainda lembro
meu corpo vil reflete o tempo
minha carne velha apodrece
mas a alma não envelhece

e oque eu vejo é oque eu fiz
um desperdicio, que não condiz

por ti eu choro, moderno menino
já fui menino tambem e nada fiz

você pode ser Cezar
ou Martin Lutherking
você pode ser tudo
pode até ser hittler e querer o mundo
mas você não sabe
assim como eu não soube
e será como eu sou
hoje sou um velho
deveras doente
que não ganhou o mundo
porque era inocente

e quando perceber menino
serás um velho também
chorando pela juventude
esperando por alguém
sobe os anceios da morte
e a gula do verme
verme este que apagará a história
história que não existe
pois nada importante deixou

Bruno the joker

Falido

Ouço um zumbido
que encomoda meu ouvido
levanto e estou nú
no fim do tunel uma luz azul

meu suor é a chuva do teu mundo
os teus segredos são a desgraça em conjunto
milhões de pessoas em uma só
um mundo imundo

era você e só você
a todo segundo

a queda
sem paraquedas

perdi os freios em uma curva insana
e acordei na tua cama

doença
demencia
inconsistencia

afaste de mim este calice pai
basta um toque da morte
e a alma se esvai

chega de loucos
chega de coisas ruins
venha! quero que venha
chega! chega mais perto de mim
sente meu toque
o meu sabor
o demonio me persegue
aonde quer que eu for

ouço um zumbido
um beijo estalado no ouvido
os amores são as peças
de um mundo falido

Bruno the joker

Sem pudor

E foi tudo uma ilusão
para um palhaço, uma lição
ou uma piada de mau gosto
uma sátira de um assunto sério
uma estiletada no rosto...

naquele ponto de onibus você me deixou
naquele dia escuro onde tudo terminou

caiu a máscara...

sem mais mentiras, a verdade surge e corta
sem bater, entra, arrombando a porta
uma mãe dando flagrante
na obcenidade do filho mais novo com a cadela da familia
um esporro!

"uma nova era"
sobe o olhar da besta fera

e nós que pensamos...
que pensavamos,
nos cruzamos
nem mais nos falamos
voltamos para rir um do outro
e ver quem irá se matar mais cedo

foi tudo ilusão
naquela praça escura
um ultimo suspiro
no meio da rua
sem nenhum pudor!

Bruno the joker

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Memórias enterradas

E as memórias?
enterrar-se-ão
como gritos
soluços na escuridão

que em noites reprimidas
aparecerão em flashs
de figuras esquecidas

chão de paralelepipedos
estradas de terra
videos de uma era

as luzes da noite passam rápido
conforme acelero o meu carro
os caminhos que falavam
já não mais falam

na hora que tudo é bom você não percebe
mas quando perde
é que tudo aquilo se reflete
e tudo vai sumindo
com a luz da escuridão
vou cruzando a estrada
desse velho coração

Bruno the joker

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Madrugada

Quem é você que bate a minha porta?
de meia volta e vá embora
e não volte mais!

quem é você que me encomoda a meia noite?
quem é você que noite e meia vai embora?
que deixa seu perfume,
alguém que nunca chora
que vem pelas sombras
e pelas sombras evapora

quem é você?
pegue suas coisas e vá embora
dobre a esquina e não olhe para traz
cansei de ver só vultos
agora lhe digo: tanto faz!

abro o portão de madeira
a neblina se mistura com poeira
batidas euforicas entonam uma canção
faz música bandida este meu vil coração
corro, corro
mas agora já é tarde
obedeceste minha ordem
e levaste minha arte

quem é você?
oque sou eu?
oque fomos nós?
se a história é que se faz
a história aqui jaz!
sem ter paz...

mas tanto faz
agora tanto faz
quem fomos nós
não somos mais

Bruno the joker

Intrigante

Escuridão, vultos
caminhos escussos
na noite confusa em que cai
das lembranças tristes que vivi
perdido
caminhando nas sombras
escondido
achei você

quem é você?
qual sua história?
entre na minha vida
e apague minha memória
me conte tudo
me mostre um novo mundo
uma nova realidade
entre! a porta está aberta
venha e me conte a sua verdade

quem sabe a sua verdade
possa ser igual a minha
e nesta noite confusa
eu não te deixe sozinha
somos desconhecidos, estranhos...
e isso é intrigante
pois mau te conheço
mas já te acho fascinante
então me diga, quem é você?
e vamos ver oque acontece

Bruno the joker

domingo, 4 de dezembro de 2011

Sinto falta de você

Solidão
no reflexo de um espelho estilhaçado
planejamos um futuro juntos
mas agora vivo do passado
lembrando seu cheiro
dos seus olhos verdes
da sua voz
de quem foi a culpa?
nenhum de nós
as vezes as coisas dão errado sem querer
esse é o desafio de viver
ganhamos, perdemos
vivemos, morremos
mas quem sabe um dia
um belo dia ou uma noite quente
o destino pense diferente
e eu possa me perder de novo
dentro dos seus olhos verdes

Bruno the joker

o abandono

O abandono...
toda pureza que um dia houve, foi perdida
toda ingenuidade foi destruida
aquele cara de coração aberto morreu
ele morreu, morreu
aquele cara morreu
e restou eu
solidão...
medo de amar? ou de se envolver?
talvez medo de se machucar...
tristeza...
é ser uma sombra do que se foi
vagamos dentro dos labirintos de nossas mentes
sobrevivemos inconcientes
anestesiados de tudo
dos mentirosos amores do mundo
abandono...
um candelabro sem dono
sem velas, sem luz
eu, somente eu
você somente você
quando sentir os pressagios da morte
poderá estar rodeado de parentes ou vizinhos
mas se sentira sozinho
muito sozinho.

Bruno the joker