sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Você mesmo

Não existe nada que você ainda possa dizer
não existe nada que eu ainda queira saber
do seu lado já passaram muitas pessoas
mas poucas te ajudaram a crescer

onde estão teus fieis?
vieram e foram embora
portanto, não me diga mais nada agora

efemeras amizades
cultivadas com boa vontade
marcando a perda
elucidando a fraude

você e você mesmo
sua melhor compania

Bruno the joker

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Um fato

Solidão amargurada que compreende teu ser
torna-se tão evidente neste dia nublado
estilhaços da tua alma, tua vontade de viver
eterna sangria do teu ego machucado

Ao ver que oque querias já tens
e ve que é tão banal
desejou ser mais que um rei
mas serás adubo em um quintal

Bruno the joker

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Para não mais

O amor, foi deus quem o criou?
amei o anjo decaido
em um tempo esquecido
vi mulheres selvagens
e me inspirei em Dionisio
mas nos dias de hoje
não sei mais...

procurei a intuição
que perdi a tempos atraz
somente desejo beber seu sangue
em um calice de prata
olhar o seu sorriso
e venerar sua vida gasta
para não pensar em nada
para experimentar de tudo
e ir viver o meu "amor" no outro mundo

Bruno the joker

Noite do Diabo

Naquela noite
naquele instante
a vida era de plastico
e não era importante

aquelas paredes escuras de limo
que de tons de verde pintavam
traduziam o inferno e seu estrago
nessa noite do diabo

Bruno the joker

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Metal

Me sinto sujo e vil
bruto e viril
sou um pedaço consciente
de uma ferida contundente

sou bruto e viril
sou nu e cru
como o som do vinil

sou rebelde e vulgar
sujo e unicelular
sou o metal pesado
o semem ejaculado
que fecunda sua mente
e a livra de ser doente

sou o metal pesado
sou o blues do passado
e o rock endiabrado
sou o cara no volante
de um chevy envenenado

eu sou oque você queria ser
mas nunca pode

Bruno the joker

Miséria

No corte exposto
a figura de um rosto
deveras disforme
com um corte uniforme

aqui onde ninguem tem face
são todos iguais
cretinos miseraveis
com mentes banais

vegetando rumo ao nada

Bruno the joker

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Pandemonio

Sinfonias do vento
ilusões do meu intento
sorrisos deflagrados
corpos deflorados
pandemonio violento
é o fim
o amor debochou de mim

Bruno the joker

Indigestamente seu

Nessas paredes escuras de limo
neste mundo enfermo
olhei o seu retrato
e entrei em desatino
vi os momentos que passamos
matei você ao som do sexo
lhe tirei do inferno
lhe mostrando um mundo eterno
lhe mostrando um mundo interno

Bruno the joker

Sombras

E sombrio se fez o dia
e obscuro se fez o tempo
na sombra que ali caia
na escuridão do meu pensamento
perdi minha alma
deixei meu corpo ao relento
ali cai
ali sumi.

Bruno the joker

domingo, 25 de setembro de 2011

O fim

ps.: Homenagem postuma a Jim Morrison, que com suas letras me inspiraram a ser diferente, a pensar diferente, e incentivaram toda minha adolescencia, tempos dos quais sinto saudades. A Jim, o verdadeiro coringa.

O dia derradeiro,
dia ultimo,
dia primeiro,
O fim
O ultimo por do sol,
nunca pensei que seria assim.
Sem dor,
sem amor,
sem vozes,
sem cor...
O fim
como cantava Jim Morrison,
O fim
o grito sem voz
o ultimo gole de gim
amargo, sarcastico...
vislumbramos o sonho, sem sonhar
e foi fantastico
a aurora boral, me levou ao final
O fim

Bruno the joker

sábado, 24 de setembro de 2011

Os mesmos outros

ps.: Isto foi escrito a muito tempo, e foi dedicado ao amigo Thiago maligno, que a muito tempo já não o vejo, mas mesmo assim, transcrevendo o texto, só para constar aqui.

Bate o vento, o sentimento se agita
algo enterrado, acorda, grita
ao tempo que passou, mas nunca passa...
oque poderia ser, senão a velha desgraça?


só quem viveu para saber do que se trata
apesar dos anos, as mesmas marcas


Os dias são outros
tudo mudou, você até se perde na historia
acha que sonhou aquelas memorias
se enquadra ao comum,
dos velhos anceios não restam nenhum...


se sente perdido,
oprimido,
sozinho em um mundo mesquinho
os amigos sumiram, outros colegas surgiram


tanto faz, mas igual, já não é mais

mas será mesmo?
não se pode mudar oque se é
aqui não falo de verdade ou fé
mas sim sobre uma visão diferente e especifica
que é furiosa e não pacifica


uma visão sobre a realidade e o mundo
que tirando a natureza bela, de resto é imundo


e isso você não adquire com treinamento
você já nasce com o olhar frio e violento


com a mente encapsulada e treinada
corre no sangue, é mistico
nada cancerigeno, é crescente mas benigno
a união de um coringa e um maligno


é diferente...
ninguem pode entender,
nem sua mulher, seu pai, seu filho
nem sua mãe entende o seu exilio
mas quando bate o vento e a noite chama
aquilo por dentro inflama
não se pode mudar oque se é


Bruno the joker

Olhos castanhos

Luzes escarlates no horizonte da cidade
voo razante sobre os corpos alheios
em uma volupia de naturalidade
pelos mares dos teus anceios


venha, dance comigo esta noite
nesta pista onde as sombras cantam
seja minha sedutora aventura
mas não me deixe sozinho na rua


e se por ventura
escolher um outro caminho
mate-me bem rapido
ou meu eu ficará sozinho


consequencias dos atos e suas escolhas
estas palavras nada mais são
do que escritos sem sentido
em uma velha folha


sem sentido é este mundo
sem moralidade
um poço sem fundo


então venha e dance comigo esta noite
olhe nos meus olhos e me afronte
pois verá seus proprios erros
e cairam teus muros
nestes espelhos castanho escuros

Bruno the joker

Incontaveis segundos

Aos seus sonhos, e suspiros
meus pensamentos vampiros
sugando seu calor, procurando por amor
em incasaveis e insalubres dias
de incontaveis noites vazias
que desejam sucumbir de uma vez
talvez perder a lucidez
contando cada segundo
que te esperei neste inutil mundo
nesses tempos de garoa,
eis que surge a chance, por sinal muito boa
um anjo caído, decomposto
na gravura do seu rosto
me entrego a esse sonho insano
onde acordar? um vil engano...
mostro-me nú despido de qualquer pretensão
sem jogos, sem nenhuma ilusão
somente eu, humano, tendo muito a aprender
desejando ter você, humana...
e o resto? depois agente vê.


Bruno the joker

Retrato

Eu continuo a respirar
vendo o universo com o mesmo olhar
lembrando da porta da sua casa
que eu já não posso entrar


e quando nos fomos pra longe
criamos um universo paralelo
de onde não esqueceriamos jamais
perdidos nas colinas, em minas gerais


eu escrevi seu nome
em um pedacinho de papel
eu criei um mundo nosso
pelo qual eu fui fiel
eu desenhei o seu retrato
em um guardanapo de bar
mesmo sendo só um momento
eu sei que sempre vou lembrar


mas quantos anos são necessarios?
pra se reconstruir um instante
desde que que você foi embora
eu fui ficando mais distante


hoje você voltou,
mas eu não sei mais quem sou
ainda tenho aquele desenho
mas uma parte desbotou


eu escrevi seu nome
em um pedacinho de papel
eu criei um mundo nosso
pelo qual eu fui fiel
eu desenhei o seu retrato
em um guardanapo de bar
mesmo sendo só um momento
eu sei que sempre vou lembrar


voce me ligou no meio da noite
desejando me encontrar
dirigi a noite inteira
mas eu não tinha nada a falar


fui de encontro ao  meu passado
queimando seus beijos em meus labios
pra que quando tudo acontecer de novo
eu já não me perca no seu jogo


eu escrevi seu nome
em um pedacinho de papel
eu criei um mundo nosso
pelo qual eu fui fiel
eu desenhei o seu retrato
em um guardanapo de bar
mesmo sendo só um momento
eu sei que sempre vou lembrar


Bruno the joker

Noite chuvosa

vento frio, clima, inversão
folhas que caem das arvores
o fim do verão...
olhares irregulares através de um vidro molhado
chuva, raios, trovão
folhas voando das arvores
desenhos na janela, bafo quente, respiração

olhando pela janela atraves do escuro
transpassando, a grade, o muro
sem nenhuma iluminação
desenhando no vidro um coração
no escuro, vivenciando o caos, a transmutação
viciado e perdido na mesma ilusão

ali, no escuro, sentado, olhando pela janela
olhando a chuva, tentando escorrer junto a ela
transcorrendo lembranças,
esperando mudanças
sozinho de novo, recomeçando do zero
sem ter a opção de dizer se quero ou não quero
fico ali por horas afora
por mais que chova agora,
chove aqui dentro, e chove lá fora
do céu, a grama e a relva recebem a agua
dos meus olhos, o carpete recebe a lágrima

continuo aqui sentado no escuro,
transpassando, a janela, a grade, o muro
lembrando de nossos tempos de outrorá
imaginando oque você faz lá fora
ouvindo raios, trovões e o zumbido do vento
eu preso aqui dentro
e você presa ao relento

a chuva não cessa, e nem irá cessar
meu pensamento em você é continuo, e não sei quando irá parar
o vento não parou de ventar
o coração no vidro, está começando a apagar

vento frio, clima soturno, noite servil
corpo sozinho, coroa de espinhos
um ultimo gole
um copo vazio...
eu preso aqui dentro
e você indo embora com o vento

Bruno the joker

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Cifras e sombras

ps.: Dedicado aos meus amigos músicos, bem como a todos os músicos que habitam este mundo enfermo, e exprimem seus sentimentos atravez de acordes e melodias, pois sem a música, o mundo seria insuportavel e mecanico.


Indubitavelmente
aos devaneios contundentes
de outros dias e outras experiencias
de migalhas e evidencias
um pulo de retrocesso
esperando o nosso regresso
ao abandono que foi frio e intransigente
que tão cedo se mostrou e nossa frente
sempre e sempre
e não há como fugir
a solidão é para todos
ao levantar ou ao cair
a confiança,
a esperança,
mentiras de criança
sons em cifras de lembrança
e a noite que sempre vem
até que um dia um silencio zen
tornará as sombras tuas mulheres
em um silencioso arem


Bruno the joker

Amigos que dizem ser amigos

Quando me dei conta tudo havia mudado
o relogio encontrava-se parado
e tudo era diferente
até mesmo as velhas dores
indiferentes...


já não importava mais,
e o desejo? fugiu, fugaz
com um teor de alcool


a viagem, muito longe
que a distancia sempre esconde
e você corre, corre e se lembra
já não acredita mais em lendas
eram mitos, exterminados aos gritos
enquanto o tempo continua
vendo a verdade nua e crua


no fundo você sabe!
mas não pode dizer...
eu vejo os outros terem duvidas
sem saber oque fazer
mas eu vejo claramente
eu consigo enxergar
desejando, em uma noite fria
estar em seu lugar...


eu trago as cicatrizes
e as marcas do tempo,
engasgado com a poeira
trazida pelo vento
condenado a vagar pela estrada
sempre ao relento


ao mundo eu grito
disparando meu intento
pelas ideias frias
de um contexto violento
aos quais vivi toda uma vida
em seu apetite voraz
hoje prossigo em minhas sinas atuais
relembrando tempos que não voltam mais


vendo filmes por inteiro
de memorias despertadas pelos cheiros
relembrando, sim fomos o oposto
mas como era bom sentir tal gosto
mesmo que mentiroso
estar só, é mais penoso


te digo, sou dono da minha verdade
senhor da minha vontade
nunca me mande calar
nem tente roubar o meu lugar
pois não me surpreenderá
sua ilusão, seu proprio ego findará
pois aquele que já perdeu tudo
não tem mais nada a perder
oque vier é lucro
oque não é lucro sempre da pra esquecer


até que numa parte da vida
a percepção fique apurada
e de tanto a alma estar cansada
você se cansa e procura paz na estrada


sem ligar mais pra nada
e quando você se da conta, tudo já está mudado
o relogio? encontrar-se-a parado
mediocres correrão alucinados
tentando se fazer de amigos
em um clima desgraçado


e você?
só deverá continuar
engolir toda intriga
pra depois regojitar
e nunca mais confiar

amigos que dizem ser amigos
um dia irão te apunhalar


mas se já não for surpresa
só um arranhão lhe causará
pois é assim que as coisas funcionam!
do jeito torpe


Bruno the joker

Carne do amanhã

ps.: Homenagem postuma ao vocalista Ian Curtis (Joy Division) que com suas músicas me inspiraram a pensar diferente, esteja onde estiver, você é eterno.

E a carne do amanhã
que foi a mesma de ontêm e já não brilha
dos passos, outros passos
pela seguinte trilha
de horas, de minutos
seguntos,
incontaveis segundos...
um por um
todos por nenhum,
que voltam em sonhos
bons ou ruins
ao acordar, só o fim
enquanto o tempo conta
e faz mudar os sentimentos
e as coisas de lugar
o tempo faz as pessoas mudarem
alguns sonhos se quebrarem
e os olhares já não se cruzam
tal qual um intento
que te rodeia de pessoas
mas lhe mostra o isolamento


Bruno the joker

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Dor e fogo

ps.: Dedico este poema a pessoas que sofrem hoje, por alguma amargura qualquer, seja um fim de relacionamento, a perda de uma amizade, ou qualquer outra desilussão que não seja de ambito funesto, posto que só não há como consertar a morte. Eu que a pouco tempo sofri, hoje vejo essa dor queimar e queimar e em breve estará pronta pra voar e voar ao infinito. Então se hoje você sofre, deixe queimar, queimar e queimar...


Toda desilusão machuca
cria uma ferida sem brio
que mais tarde vira um calo
que lateja no frio


nos dias frios
onde você sente a solidão
olha pras estrelas
e se perde na imensidão


pois é assim que é...

enquanto arde a chama
a dor jamais some
ela queima e inflama
e aos poucos te consome


você luta e reluta
e você perde para sí mesmo
pois a propria mente te insulta
lançando lembranças a esmo


pois é assim que é...

mas o tempo passa
e o proprio sofrimento
se encolhe
e se desgasta


o sentimento ainda está lá
mas está queimando tudo,
pois não foi mais alimentado
comendo tudo ao seu lado


queima, queima e queima,
pois é assim que é...


até acabar com tudo,
virar cinzas mortas
cinzas escuras
cor de luto


aí vem o vento frio
que um dia te fez lembrar
mas agora pega as tais cinzas
e as lança no vazio


pois é assim que é...

então se hoje você sofre
e a desilussão é seu veneno,
se você se preocupa tanto
que pensa estar até enfermo


simplesmente deixe queimar
e queimar e queimar
pois um dia o fogo apaga
e você não mais irá se preocupar


o vento levará tudo
estará tudo acabado
e em menos de um minuto
o sofrimento é enterrado


pois é assim que é...

Bruno The Joker

Carma

Estradas sem fim,
chamaram por mim,
escuras as ruas, quase nuas
desfragmentando figuras
na velocidade corrente
de uma alma impaciente...

guiando, centralizando
me desmoralizando;
já não mais esperando...
sou só movimento,
companheiro do vento
sem nenhum entendimento

prossigo, ja não te sigo
sem sigilo eu não me irrito
já não há mais motivo
na solidão não há perigo
sempre em frente
seguir é meu castigo

e quando olho para traz,
ja não da mais,
agora tanto faz,
figuras marcadas,
roupas amassadas e
paginas viradas

o carma que me tem desdem
muito alem do mau e do bem
do amor não tive amor
desses desejos só tive dor
em frente eu prossigo
na solidão não há perigo


 
Bruno The Joker

Permanencia

Nas ruas, nas esquinas
no ar, em todo lugar
no chão, um corpo esperando uma mão
na evidencia de um crime
a cada segundo passado
fatos marcados
e a dor que faz parte de tudo
que se despreende da covardia do mundo
e se alinha com o universo ondulando o tempo
realinhando com o vento
confrontando o amor com o odio
evidenciando o odio com o amor
construindo pontes, quadrados demasiados
cenas de lugares despedaçados
unindo a sombras com a luz
na mesma condição de agora
onde ficar significa ir embora
agora sem limites,
sem fronteiras,
não existem muralhas
para quem não constroi barreiras
e tudo isso, junto, se solidifica e se condensa
em uma massa imensa: o equilibrio!
que pode tecer a referencia
criando a ultima voz;
a permanencia.


Bruno The joker

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Muito cedo

Muito além e muito a quem
de quem viu e de quem ve,
e de quem receia ver,
porque não quer ou porque tem medo
e porque ousou em segredo
e fugiu muito cedo!
cedo demais, como suplicio
e ir mais longe tornar-se-a meu vicio
de voar e sonhar e pedir
de viver, reconstruir e sumir
mas levar você comigo
fazer-te-ei o meu abrigo
pois ficar longe? um vil perigo...
o de quem ousou em segredo
e fugiu muito cedo!
cedo demais, mas que aqui não jaz!
é vivo, e intenso
gosto de doce que cheira a incenso
e viaja pelo céu, atravessa as nuvens
entre duas almas que se curtem
e se afogam em desejo,
pela lembrança do beijo
e pelo sonho do amanhã
a outra metade do imã
que puxa! sem o pecado da maçã...
e será inevitavel suprir o segredo
de quem foi embora muito cedo,
mas que irá regressar,
em um fundo azul
da cor do mar
onde só em harmonia poderá chegar...
e nas areias da praia incineremos nossas almas
juntas no sentimento que há de ser a fornalha
e nas cinzas de todos os momentos
reconstruiremos, mas sem os defeitos
e de grão em grão, a reconstituição
como um passaro mitologico
ao resurgir das cinzas, mais fortes
vamos embalados com o vento do norte
para nesse dia esquecer que foi cedo ao ir embora
mas que não foi tarde demais, foi simplesmente agora!
o momento sujeito, sem preterito perfeito
sem o futuro como um leito,
somente hoje!
e agora bem longe,
mas não sozinho
eu posso sorrir e prosseguir o meu caminho
tendo a rosa ao inves do espinho,
que será eterno,
durando até a morte
ou somente um inverno,
simplesmente por ser perfeito em sua imperfeição
respeitando a simples condição
de que manda o coração,
então vem, pare de correr
um dia há de parar de chover
já não há pelo que sofrer!
desde os tempos mais remotos em que eu pude entender,
onde os velhos me diziam, o mundo não para de girar,
mas não é total verdade se com você eu não estar
pois você é que é o meu mundo
e a engrenagem é seu olhar!
habitando este mundo, sem ficar longe um só segundo
sem pretensão, só desejando o fim dessa noite incerta
fugindo dessa rua deserta.


Bruno The Joker

Despertar da escuridão

caiam meus pensamentos
como as folhas no outono
quando embarquei no tempo
um trem vil e sem retorno

fui pisado, e enganado
meu coração esquartejado
tornei-me solitário e frio
de olhar pré-condicionado

eu que fui livre
tornei-me amargo
verti lágrimas de sangue
e adormeci no solo charco

eu era rude, desconfiado
quem um dia me feriu,
destruira o meu amor
atormentando o meu passado

eu que vagava na escuridão
sem nenhuma pretenssão
me afoguei no vicio
para esquecer a ilussão

eu que já não era mais eu...

o mundo frio, me tornou um condenado
e o mau agouro, concluiu o meu legado
passei a andar pela treva
para nunca mais ser enganado

mas eis que avisto algo incomum
que despertou em meu coração inerte
um batimento latente
neste breve incidente

me aproximei para ver o tal semblante
assustado ao enfrentar meu medo errante
fui com pouca pretenssão
mas lá deixei meu coração

e agora?
oque que eu faço?
eu arrisco?
ou eu disfarço?

não tenho tempo,
preciso prosseguir
se eu não digerir o meu veneno
ele irá me destruir!

ela possui a cura?
a resposta eu não sei...
mas preciso aquecer meu mundo frio
para não decair em tal vazio

a chance é agora,
o sentimento está lá fora
quero provar mais uma vez
o que já senti outrorá

o sentimento de estar vivo

conte-me quem é você
e deixarei você saber quem sou
pois agora que te vi
sei que minha escencia não mudou

Bruno the joker

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Incontinencia

inconsistencia,
lapdação incoerente da demencia
a existencia!

foi isso que te disseram no inferno?
um canalha vestido de terno
ilusionista ou impressionista?
traz o passado
o holocausto que se avista...

o passado?
um grande vigarista
da lembrança boa
hoje o porco chovinista
chafurda na lama!
faça dela sua cama!
daquele tal amor eterno
a fagulha que te inflama
de cinzas, e de restos
sejamos honestos
ninguém presta e isso é certo

a decepção,
sua desgraça que reflete imcompreensão
se hoje chove e amanha então?
encher-se-a seu coração
da lágrima e da falta de perdão
que de esquina em esquina cruza sua vida
desmantelando suas feridas
da tua cara que ela ja fez de esquecida
sobe frio essa descida!
porque oque hoje é teu
amanha ta na conta do Abreu

esse carro e essa casa?
de nada adianta essa adição
da terra ao pó
do amor ao esquecimento
do coraçao que era mole
faz dele seu cimento
antes que te deixem voar
pra cair no esquecimento

o presente?
um velho incontinete
deixa fluir livremente
o colapso frivolo
da decadencia iminente

e se hoje tens a briga
amanha a vil fadiga
da perda que esta por vir
seja ela ilusória
ou a verdade a existir
o sentimento que te emprega
é o de um corpo a falir

já o futuro meu amigo?
esse sim é teu amigo
só porque ele nao existe
e nao mente pra você
é escuro e duro
como a capa de um livro
que traz o titulo que vos diz
que daqui ninguem sai vivo


Bruno the joker

Sinfonia Eterna

Obs.:  Este texto em forma de poesia moderna foi escrito a 15 anos, como sendo a primeira página de um vasto material, embora antigo, preferi começar com este por ter sido o primeiro. Mas depois disso não seguirei nenhuma ordem cronológica, visto que o intuito não é a ordem maquinaria das coisas mas sim a alienação dos sentidos.

Em uma busca eterna por aprendizado, o incerto se viu indecifravel.
A coerencia beirava o limite, mas a incostancialhe trazia segurança.
Um enorme vazio tragava a sabedoria, que se via imperfeita diante do inesperado.
Ao seu redor a felicidade e a tristeza brigavam pela liderança, sem nunca haver vitória ou derrota.
Amor e ódio, extremos opostos que ao mesmo tempo beiravam a igualdade.


As luzes se apagam, fecham-se as cortinas e não há aplausos.


O abandono se torna cruel quando o silencio se torna ensurdecedor, levando a sanidade a se tornar
um antonimo frio e calculista, onde não resta paz, somente dor.


As luzes se apagam, fecham-se as cortinas e não há aplausos.


Em uma sinfonia eterna a distorção é iminete...mas não se de por vencido, não deixe que seu coração se torne pedra.
Beba todo o calice, aproveite, viva o dia, antes que venha a tormenta;
pois um dia,


As luzes se apagam, fecham-se as cortinas e não há aplausos.


Vá agora, não se de por vencido, tente encontrar o elo perdido, onde sua alma foi partida em pedaços
que se perderam no infinito.


Continue!

Bruno the joker