Velhos dias em novos tempos
nós perdemos e como perdemos
nós queriamos, e ainda queremos
o vento frio congela os dedos
a velocidade dispersa os medos
sou eu, sempre fui eu
cade o fogo?
cade o jogo?
eu não queria jogar de novo...
a pele enruga
a alma deseja sair em fuga
o tempo grita
a beleza já não é tão bela
a solidão fica presa
olhando pela janela
para onde iremos amanhã?
não existe um amanhã...
Bruno Giannotti
terça-feira, 15 de abril de 2014
domingo, 6 de abril de 2014
Caminho oposto
tortuoso, indescritível,
foi algo terrível,
que chegou e abalou as estruturas,
intermitente em sua textura
era frio, vazio, e pálido
paredes brancas, teto branco, chão branco
enganando os olhos em uma ilusão de ótica infinita
que apareceu e foi banida
com o fechamento das palpebras...
eram maus espiritos que adentraram o recinto
a alma silenciosamente deu um grito
seria o fim?
não podia ser isto que esperava ali por mim
e foi doloroso
o sangue escorria pelo encosto
o leito frio era sinistro
um fiel e vil registro
daqueles dias
foi então que veio a força,
a negação, tornou-se oposta
era o velho se pintando de novidade
esqueceriamos as nossas idades
o primeiro passo,
que era na verdade incontavel
rumo a tentativa
um novo mundo
uma nova vida
parti disposto
na estrada eu peguei o caminho oposto
rumo aos olhos que ali surgiam
e as músicas que ali ouviamos
foi quando a esperança sorriu para mim
e eu sabia que havia espantado o fim
ainda é cedo
apesar de breve
já não há mais medo.
Bruno Giannotti
foi algo terrível,
que chegou e abalou as estruturas,
intermitente em sua textura
era frio, vazio, e pálido
paredes brancas, teto branco, chão branco
enganando os olhos em uma ilusão de ótica infinita
que apareceu e foi banida
com o fechamento das palpebras...
eram maus espiritos que adentraram o recinto
a alma silenciosamente deu um grito
seria o fim?
não podia ser isto que esperava ali por mim
e foi doloroso
o sangue escorria pelo encosto
o leito frio era sinistro
um fiel e vil registro
daqueles dias
foi então que veio a força,
a negação, tornou-se oposta
era o velho se pintando de novidade
esqueceriamos as nossas idades
o primeiro passo,
que era na verdade incontavel
rumo a tentativa
um novo mundo
uma nova vida
parti disposto
na estrada eu peguei o caminho oposto
rumo aos olhos que ali surgiam
e as músicas que ali ouviamos
foi quando a esperança sorriu para mim
e eu sabia que havia espantado o fim
ainda é cedo
apesar de breve
já não há mais medo.
Bruno Giannotti
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