terça-feira, 6 de outubro de 2015

Fora de controle


Escorrega!
no lodo verde que te espera
foi fera do homem e homem da fera
a morte negra está a frente
o seu fracasso é um delinquente

o relógio já saiu de controle
está atrasado e desesperado
corre o vencido
fica o largado

o looping infinito é verdadeiro
o demonio esqueceu seu companheiro
já está fraco e moribundo
o seu cadaver está imundo

é um pesadelo
ou talvez não
mas a estrada
levará a perdição

Bruno Giannotti

quarta-feira, 10 de junho de 2015

A Vida

A vida é uma parafrase escondida
uma vontade reprimida
o desejo de um beijo
sem pender para o desleijo

Bruno Giannotti

terça-feira, 31 de março de 2015

Veneno de escorpião

O homem é o bicho do homem
tem fome, e come
veio do pó e ao pó ele some
pelos medos se consome

o tempo é escasso
ritmado em compassos
o breve som de um relógio
entre guerras, indas e vindas
como premios o espólio

quem será que tem a razão?
a duvida é um veneno
o doce veneno de um escorpião
que te leva deste mundo
abandonando seus sonhos
em um mar escuro e profundo

tudo que já foi dito é mais do mesmo
seja belo ou grotesco
 se no fim não houver final
a loucura seria como um selvagem animal
se no fim não houver nada
a tua história seria uma piada
não te deixam saídas e nem opções
só estradas sem direções
será que já foi e está voltando?
ou indo e explorando?

a confusão dos sentidos
um esqueleto sem carne, sem nexo
lá estão seus inimigos
ou amigos...
isto é muito complexo...

o cão raivoso está atraz da porta
o ser de um tempo que já não importa
a cada batida ele acorda...
desejando sair...
fugir...

Bruno Giannotti 

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

O palhaço

Sou o palhaço
o bobo da corte
do corte na pele
da palidez estampada na face
disfarçado sem disfarce

a maquiagem é o escarro
das mentiras e do esporro
que jogaram na minha cara
que se fizeram de amarras
pois é assim

quem ficaria?
se todos sempre vão embora
tem gente que se vinga
tem gente que vai a forra
mas eu não

eu fico esperando
e seu olhar vou procurando
o rosto muda
a voz transmuta
e me confunde
mas vou a luta

sou o grande
e o pequeno
a lucidez é meu terreno
mas a vida é meu enterro

eu sou você
eu sou quem sou
humano, comum
procurando o seu favor
implorando por amor

Bruno the joker